f Adeus, verde.: dezembro 2015

2 de dez. de 2015

Um ano sem...


Uma das sete ondinhas que eu pulava todo o réveillon, era reservada pra um pedido em especial: um amor.

Nas minhas orações, eu balbuciava rapidamente "saúde, dinheiro, paz" e logo clamava por um AMOR.
Eu gostava de ouvir as histórias dos meus amigos, mas, ansiava a minha vez de falar, falar e falar sobre minhas frustrações amorosas. E sempre questionando: quando vai dar certo pra mim?!

Em
resumo: eu era um porre, aquele cara que vivia apaixonado por um ideal de amor, mas que nem sequer sabia amar de verdade, pois prejudicava todas as minhas relações com aquele "mimimi" de gente insegura, ciumenta e cheia de posse sobre o outro.
Quando não estava apaixonado, estava tentando esquecer alguém, e pior, que sempre acabava esquecendo, mas, por outro alguém, e o ciclo vicioso continuava, e continuava pegando fogo.
Era eu, repetindo pra mim mesmo, o quanto eu era passional e o quanto nada nunca dava certo...
Até que... isso parou. ACABOU!

No meu último romance as coisas já estavam bem mais tranquilas, acho que finalmente comecei a me dar conta que supervisionar e enlouquecer alguém, não era a melhor técnica para evitar um chifre ou conquistar a lealdade e carinho da outra pessoa. Entendi que cada um DEVE ter seu espaço, e que liberdade não cai bem só pra mim, mas pra todos.

Essa relação foi bastante saudável, e veja só... também chegou ao fim.

que essa vez não causou tanta dor. 
que essa vez não precisei ocupar os ouvidos dos amigos.
que essa vez não precisei me destruir para ficar bem.
que essa vez eu não me apaixonei de novo.

Interrompi o velho ciclo vicioso.

12 meses se passaram.

Eu
continuei sozinho, EU NÃO ME APAIXONEI DE NOVO, e foi por pura opção, por estar bem, exatamente do jeito que estou agora, enquanto escrevo esse texto. Escrevo e vou me dando conta de que não lembrava mais qual foi a última vez que fiquei sem ninguém na cabeça, sem nenhum louco amor fazendo sombra no coração. 
A melhor parte disso tudo, é que não há nenhuma amargura nesse último trecho que leram.

Enfim, de uma coisa eu já tenho certeza; uma das sete ondinhas que eu pular esse réveillon, vai ser reservada pra um pedido em especial: um pouco mais de evolução.

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