f Adeus, verde.: setembro 2014

30 de set. de 2014

Reta final

Minha estadia em Roraima está na reta final. E eu ainda não consigo pensar em como vai ser a minha vida depois dessa experiência. É quase impossível imaginar os meus dias sem essa rotina (que de rotina mesmo, não tem nada). Já sinto uma falta e uma saudade antecipada da vida que ganhei aqui, a mais de 6 mil quilômetros de casa.






Faz pouco mais de dois meses que estou aqui, mas acreditem, a convivência diária e intensa com as pessoas que conheci nessa terra, fazem eu ter a sensação que foram anos, daqueles marcantes e únicos. Ainda não consigo fechar a minha mala, empilhar as roupas que usei aqui, muito menos pensar nos abraços apertados que vão fazer parte da despedida no aeroporto.




Porto alegre está lá, com toda minha família e a rede acolhedora de amigos que me aguardam cheios de saudade e carinho. Posso adiantar que estou voltando com o mesmo amor e uma vontade enorme de ficar perto de todos, mas volto mudado, sem dúvida. Voltarei um pouquinho maior, isso graças às pessoas que encontrei aqui, com suas histórias de vida, com os aprendizados, troca de conhecimento e vivências.

Mesmo se eu tentasse passar através do meu texto ou até mesmo da minha fala as coisas que senti aqui em Boa Vista ao lado dessa "galera" tenho certeza, posso rodar o mundo mas não vou achar nada igual. É indescritível. As milhares de fotos e gravações estão aí para alimentar nossa memória e não deixar a gente esquecer nunca o que foi esse tempo juntos.






Esse texto não é uma despedida. É apenas eu mesmo tentando entender que realmente coisas boas um dia findam. Por maiores e mais lindas que sejam, uma hora temos que nos despedir e continuar a caminhada. Maiores, com a alma mais brilhante, entupidos de novas histórias e com uma "puta" vontade de se ver de novo.

                                                         Eu amo vocês!

12 de set. de 2014

Medos e piras

O que mais procuramos (mesmo que inconscientemente) são motivos para nos preocupar, principalmente quando tudo está muito bem, obrigado. Temos o dom de sabotar nossa tranquilidade e felicidade por falsas ou futuras preocupações. Gastamos muita energia nesse negócio, e o motivo é filosófico demais para relatar aqui. 

Só precisamos perceber se não passamos mais tempo com a testa enrugada do que sorrindo. Eu não tenho dúvida que consigo lidar bem com isso. Meus medos e "piras", frustrações e anseios raramente passam na frente da minha felicidade. Consigo ser o reflexivo, atucanado pelo futuro, chateado pelas falhas atuais, mas feliz por natureza. 


Ainda posso fechar os olhos e sentir a satisfação do meu principal combustível: a liberdade. Liberdade de ser sozinho, sem precisar necessariamente estar sozinho, ter o meu próprio tempo e espaço (coisa que todo mundo acaba necessitando em algum momento).

Quando um sentimento ruim se torna muito presente, trato logo de lembrar o quanto toda essa liberdade pode me proporcionar. A imensidão de possibilidades e caminhos que o fato de não estar preso por alguma situação ou alguém, me permite vivenciar. Entendo melhor a felicidade, e dissolvo as tristezas passageiras com todas as viagens que pretendo fazer, com as madrugadas rodeado de amigos, com os novos lugares e pessoas que invadem nosso caminho a cada parada. Lidando apenas com as surpresas de uma vida intensa. Intensa e feliz.

8 de set. de 2014

Por trás da palavra

Um provérbio chama minha atenção e se torna claro feito água: "Porque, como ele pensa consigo mesmo, assim é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo"
A Bíblia traz essa reflexão, mas não precisamos abri-la para entender  o que esse provérbio quer passar. A vida trata de fazer você entender na pratica. Não se pode acreditar e dizer amém para todas as coisas que são ditas, nem mesmo por aquelas pessoas que parecem tão integras e cheias de bons princípios, aliás, na maioria das vezes são elas que mais faltam com a verdade, por estarem escondidas atrás do medo de se mostrarem, de simplesmente serem quem são.
 
Deixar levar por palavras bonitas e imaginação fértil nunca levou ninguém a lugar nenhum. Precisamos de tempo e provas para confiar em alguém, e mesmo assim nem sempre dá certo.

Temos que contar com a sinceridade de quem nos cerca, daqueles que entram em nossas vidas, mas não podemos ser bobos.


Sempre vai existir quem nos faça desacreditar no ser humano e nas boas atitudes, aquele que utiliza de palavras e afagos para manipular, para deixar tudo confortável e benéfico para si. Então por favor, não vamos fazer campanha para a boa moral de fulano, a honestidade de ciclano. Todos tem seus segredos e suas meias verdades, todos dissimulam e omitem quando se sentem ameaçados, quando acham necessário, ou apenas por falta de caráter mesmo. Gestos e palavras líricas não podem ser motivo para colocar a mão no fogo por ninguém.

1 de set. de 2014

Muda o rumo



Foge daí. Sai correndo. Abandona essa zona de conforto. É óbvio que tudo parece difícil agora, que parece impossível simplesmente levantar e bater a porta, deixar tudo para trás. Somos engolidos e manipulados pela mesmice, pela rotina, pelo "melhor não", ou pelo "deixa assim". Não, não deixa assim coisa nenhuma. Bate a porta. Muda. Sai daí.

Vou ser piegas agora, mas, não dá pra passar a vida toda achando que está feliz com o que tem, se não experimentar todo o resto.
Esses dias leram a minha mão (independente da sua crença, ou do que você acredita, é sempre bom ter uma breve ideia do seu destino) e fiquei feliz em saber que viverei muito e que terei muitos amores, até encontrar aquele que vai permanecer. Prefiro assim, muitos amores, muitas vivências.

Amores vencidos, trabalho sem satisfação, a cidade e a casa que já não combinam com você, e para quê tudo isso?! Para o tempo passar, e em uma tarde nublada você se perguntar: o que eu tô fazendo aqui? É melhor fugir dessa tarde, não demorar para se dar conta.

Acredito no que dizem, que nunca é tarde para mudar, para virar o jogo, mas, também acredito na pressa pela felicidade, pela paz de espirito que as boas escolhas nos trazem. Pelo sossego que o amor (ou amores) certo nos proporciona. Aquele prazer que um bom trabalho causa. A liberdade que uma nova moradia, em uma outra cidade pode gerar. Enfim, todos os benefícios que sair da tal zona de conforto produz.