f Adeus, verde.: Até logo, Peter Pan

22 de set. de 2013

Até logo, Peter Pan



Não tenho Síndrome de Peter Pan. Não me recusei a crescer, a amadurecer. Não fiquei agarrado a infância, sem querer soltar, sem conseguir dizer adeus. Mas, tenho que admitir que essa transição não é fácil, não é simples de ser feita. É dolorido abandonar o fácil, a inocência, a cor que essa fase tem, e partir para algo totalmente novo, dar um passo no escuro rumo as novas responsabilidades, rumo ao mais difícil.
Já não brincamos com aquela facilidade, ou nem mesmo brincamos. As horas ganham um outro sentido. Nossas obrigações se tornam maiores que colorir mandalas em sala de aula. Descobrimos que existe outros motivos além de apresentar trabalhos em grupo, que possam nos causar ansiedade. Desenhos animados viram documentários. Papel de carta, Álbum de Figurinhas mudam para cobranças e boletos bancários. Uma caixa de sapato vira lixo, não mais a mansão de seus bonecos.
Isso que sinto falta, desse olhar transformador que as crianças carregam, capaz de transformar qualquer pequeno quarto em uma Gigante Galáxia, qualquer meia dúzia de potinhos em deliciosos Bolos, Tortas, Macarrão. Sinto falta da atenção que as crianças dão para as coisas, aquele olhar curioso, atento, querendo descobrir, querendo desvendar, e principalmente, achando graça de tudo aquilo. Achar graça nas coisas, sorrir, apenas por sorrir, por mais idiota que pareça aos "Grandões". Quando penso assim, vem aquela leve nostalgia, nostalgia do que deixamos de ser. Tem aquele papo de não deixar a criança que tem dentro de você morrer, e acredito nisso, acredito sim que tem coisas que podemos manter vivas dentro da gente, é um trabalho de reciclagem lindo. Mas, aquele olhar, aquela inocência perante as pessoas, perante as coisas da vida, o olhar de surpresa e descoberta, bom, isso somos obrigados a deixar. A não ser, claro, que possamos partir para novas descobertas, e assim sermos surpreendidos, quem sabe até por nós mesmos. Essa busca e essa reciclagem vai depender de cada um. Mas, sempre que possível, traga sua criança de volta.

Ps: Sim, sou Eu e minha Irmã, felizes na Páscoa com a cesta de Ovos de chocolate que o Coelhinho tinha nos deixado aquela madrugada.

3 comentários:

  1. LINDO TEXTO,JÁ VIROU CLICHÊ.MAS,REALMENTE,AQUELE SORRISO DE INFANCIA,AQUELAS BRINCADEIRAS,NÃO VOLTAM MAIS.ELAS DEIXAM SAUDADES,MAS NÃO DEVEMOS DEIXAR MORRER AQUELA CRIANÇA DENTRO DE NÓS.NENO QUERIDO,É BOM SENTIR SAUDADES DA NOSSA INFANCIA SIM,BELOS SONHOS....LINDOS DIAS.TENHO LEMBRANÇAS LINDAS DA TUA INFANCIA,AQUI NA MINHA CASA.BEM,PRA ENCERRAR ESSE COMENTARIO,COMO SEMPRE SENSACIONAL.TE AMO MUITO,BEIJOS LALINHA.

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  2. criança sempre é verdadeira por isso a torna tão especial,só que a vida nos deixou maduros porque infelizmente não podemos ser verdadeiros porque vivemos em um mundo falso aonde os adultos vivem somente para o dinheiro e para os dias e esquecem de olhar em volta e ver a beleza que ainda esta ao seu redor nas minimas coisas até mesmo em sentar numa praça e observar o nada que só voltaremos a fazer quando formos velhos dai daremos valor a vida novamente como diz o ditado velho é que nem criança .............

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  3. Lindo!!!!!!!!!!! :-) Dani

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