f Adeus, verde.: Eu cedo, Tu cedes, nós Cedemos?

19 de set. de 2013

Eu cedo, Tu cedes, nós Cedemos?

Cada um com sua bagagem. Somos seres únicos e complexos demais. Até chegarmos aqui, percorremos um longo caminho, que inclui nascimento, conhecer uma nova família, ensinamentos básicos, regras, o que é certo ou errado, o que pode ou não pode, vivenciamos coisas, sofremos nossos traumas, aí crescemos, e mais ensinamentos, e mais regras, e agora leis, descobrimos finalmente o que é certo e errado de verdade (pelo menos para nós), e o que achamos que podemos ou não fazer. Criamos quem somos através de tudo que vivemos, de tudo que um dia nos foi ensinado. Daí vem todas as nossas crenças, nossos princípios, e nossas verdades absolutas, aquelas que nem Dois Papas juntos fariam a gente pensar diferente. Só o que esquecemos ao longo de nossos relacionamentos, seja familiar, amigável, ou amoroso, é que TODOS nós passamos por isso, por esse mesmo caminho, mas de formas totalmente diferentes, esquecemos que as outras pessoas também tem seus traumas, seus princípios, e suas verdades absolutas, aquelas que nem Três Papas + Você, conseguiriam mudar. Tem coisas que não adianta, é preciso sim dominar a arte do convívio, e, a arte do convívio nada mais é que a arte de ceder (ou de engolir sapos), não gaste horas, nervos, gestos e garganta tentando convencer alguém de alguma coisa, o que é simples pra você é muito difícil para a outra pessoa, o teu azul água pode ser verde musgo pra alguém, Cajuzinho pra você, brigadeiro de amendoim pra mim, e não se discute. Seja as coisas mais simples como essas, ou as mais complicadas, não vale gastar tanta energia somente pra ter razão no final. Até por que, no fim das contas, vamos acabar juntos entupidos de brigadeiro de amendoim mesmo... Tá, tudo bem, pode chamar de Cajuzinho.

4 comentários:

  1. Apenas acho válido acrescentar que cajuzinho é ruim que dói. Fora isso, passei muito tempo refletindo sobre isso, em diversos períodos da vida. Diversas vezes cedi e desisti de contra-argumentar, apenas pelo benefício da paz, que é muito mais valioso que o 'ter razão'. Mas ás vezes é meio difícil. Por que todo mundo tem que ceder um pouquinho. Quando, em qualquer tipo de relação, apenas um indivíduo cede, a balança desequilibra e tudo acaba, invariavelmente, desmoronando.
    A conclusão que cheguei é que ás vezes não vale a pena sustentar uma relação desse tipo, e, por mais doloroso que possa ser, desistir, é sim, o melhor remédio, para esses casos. Eu desisti de pessoas que não sabem ceder. Recomendo o mesmo para todos.
    p.s: essa é apenas minha opinião.
    p.s.2: cajuzinho continua sendo muito ruim.

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  2. Pois concordo contigo, em todo seu texto, menos na parte do Cajuzinho, hahaha. Eu realmente gosto, mas tudo bem, poderia ser brigadeiro só mesmo. Também desisti de algumas relações por esse motivo, temos que saber a hora de ceder e a hora do outro fazer o mesmo. Não existe relação sem ambos entenderem o limite do outro. Gostei da tua reflexão, quero pessoas que reflitam mesmo aqui no Blog. Muito obrigado

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  3. adorei, precisava ler isso..muito certo. Dani

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  4. Vc e seus textos... estou encantada querido!!! Bjs

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